Não, não irei sem grito.
Minha voz nesse dia subirá.
E eu me erguerei também.
Solitária. Definida.
As portas adormecidas abrirão
passagem para o mundo.
Meus sonhos, meus fantasmas,
meus exércitos derrotados,
sacudirão o silêncio de convenção
e as máscaras de piedade compungida.
Dispensarei as rosas, as violetas,
os absurdos véus sobre meu rosto.
Serei eu mesma. Estarei
inteira sobre a mesa.
As mãos vazias e crispadas,
os olhos acordados,
a boca vincada de amargor.
Não. Não irei sem grito.
Abram as portas adormecidas,
levantem as cortinas,
abaixem as vozes
e as máscaras
que eu vou sair inteira.
Eu mesma. Solitária.
Definida.
Tudo o que aqui lerem é fruto de uma mente em construção. São pensamentos soltos... Loucos... Frutos de um mundo de incertezas! Seja bem-vindo ao meu mundo louco!
domingo, 26 de dezembro de 2010
"Grito" Lila Ripoll
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Esse final ...Solitária.Definida.
ResponderExcluirÀs vezes me acostumo com a solidão, deve ser a ausência de pessoas, para boas conversas e risos.
Nossa, pessoas têm sempre, por perto, ñ?
ResponderExcluirEste poema é maravilhoso.
Penso que ele ñ é uma questão de solidão, mas de luta, hã?
Obrigada!